São Paulo - Ninguém melhor para pensar o futuro do trabalho do que os principais executivos de recursos humanos
do Brasil. Foi com esse propósito que a revista VOCÊ RH realizou a
nona edição do VOCÊ RH Meeting, o principal evento na área de gestão de
pessoas do país.
Entre 6 e 8 de maio, em Campos do Jordão, cerca de 40 profissionais de
grandes empresas puderam refletir sobre os desafios socioeconômicos para
os próximos anos, as mudanças na relação entre empresas e empregados e o
papel da área de RH para o amanhã.
Coube ao economista Ricardo Sennes, sócio da Prospectiva, explicar os
fatores que mais afetam a produtividade do trabalhador e o que os
empresários podem fazer para melhorar os indicadores. Segundo ele,
apesar da evolução da classe C nos últimos anos, impulsionada pelo
incremento de renda do trabalhador, a qualidade dos serviços básicos,
sobretudo daqueles oferecidos pelo Estado, ainda é baixa — e isso
prejudica a produção.
“A sociedade está demandando mais do que o governo consegue prover,
especialmente nas áreas de moradia, saúde e educação”, disse, avaliando
que essa pode ser uma das causas para explicar as manifestações
ocorridas nas ruas nos últimos anos.
Otimista, Sennes acredita em um crescimento médio de 2% ao ano da
economia brasileira. Contudo, o déficit de profissionais qualificados
continuará sendo um entrave para o desenvolvimento
dos negócios. Para ele, o governo brasileiro deveria ter uma política
de curto prazo favorável à imigração de pessoas especializadas — “isso
seria uma estratégia de competitividade”. Já na agenda dos executivos
deveriam estar mais iniciativas ligadas à educação — “por uma questão de
sobrevivência”.
Com uma visão mais pessimista, James Wright, professor de previsão e
estratégia na Universidade de São Paulo (USP), estima que em 2050 outras
nações emergentes poderão ser mais prósperas do que o Brasil,
principalmente se o país mantiver a produtividade
na casa do 1% — “igual à de países que já se estabilizaram”, disse o
também coordenador do Programa de Estudos do Futuro (Profuturo), da USP,
em sua palestra sobre o cenário do futuro e seu impacto nas relações de
trabalho.
“Para o profissional, o desafio nos próximos anos será gerar a mesma
renda que recebe hoje, porém produzindo o dobro.” Já para as companhias,
a missão será desenvolver pessoas que contribuam com sua inovação, como
aquelas formadas nas disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e
matemática.
Na manhã do segundo dia de evento, os participantes do VOCÊ RH Meeting
construíram juntos situações que devem impactar a gestão de pessoas no
futuro. O exercício foi feito durante um workshop conduzido por Anderson
Pena e André Coutinho, sócios da consultoria de gestão Symnetics.
Considerando o envelhecimento populacional mundial, os executivos
imaginaram, por exemplo, como seria a vida de um profissional começando
sua terceira carreira aos 60 anos de idade. E, com uma mão de obra
espalhada geograficamente e empregada com novos modelos de contrato de
trabalho, idealizaram também como seriam as relações da empresa com o
sindicato ou qual seria o melhor modelo para avaliação de desempenho.
À tarde, os executivos de recursos humanos ouviram três histórias de
coragem, contadas por presidentes que mudaram a gestão de sua empresa
pensando no futuro — e tiveram depois a oportunidade de sabatiná-los.
Jorge Hoelzel, principal executivo da Mercur, que fabrica de borrachas
escolares a bolsas de água quente, contou como a família, ainda à frente
do negócio, decidiu transformar a companhia pensando no impacto
negativo que sua forma de atuar causava à sociedade. Tudo começou quando
os familiares ouviram a seguinte provocação: se a empresa desaparecesse
hoje, quem sentiria sua falta?
Com base nisso, disse Hoelzel, a Mercur passou a atuar “em razão das
pessoas, e não mais das coisas”. Hoje, a fabricante da famosa borracha
bicolor com o deus Mercúrio estampado não tem mais meta de crescimento
nem de receita; destituiu os líderes de seus cargos e caminha para
igualar o salário de todos os empregados.
Já o presidente executivo da holding Azul Linhas Aéreas, José Mario
Caprioli, revelou como idealizou e lançou a Trip Linhas Aéreas, em 1998,
quando tinha apenas 25 anos de idade, e como foi o processo de
desligamento de sua criação após a fusão com a Azul, em maio de 2012.
Hoje, a empresa nascida da fusão das duas companhias possui 150 aviões e
detém 17% dos assentos comercializados e 24% do dinheiro que circula no
setor de aviação. “O mais importante para um líder é ter coragem”,
disse Caprioli.
Márcio Fernandes, presidente da Elektro, conquistou adeptos e inimigos a
sua filosofia de gestão ao falar das vantagens de tratar os empregados
realmente como pessoas — mesmo que isso signifique dar um feedback mais
duro sobre carreira ou produtividade. “Se você sempre trabalhou para
ter, por que não trabalhar para ser?” Com seu jeito eloquente de
apresentador de TV, Fernandes defende: “As pessoas estão à frente dos
negócios, e não os negócios estão à frente das pessoas”.
Na última programação da quinta-feira, os executivos participaram de uma
atividade inspirada no programa de TV Master Chef: divididos em
equipes, tiveram 1 hora para cozinhar um suflê de chocolate com calda de
frutas vermelhas. A competição foi acirrada e animou a última noite do
evento.
A jornalista e escritora Eliane Brum foi a responsável por encerrar o
VOCÊ RH Meeting 2015. Com um texto sensível e emocionante, ela lembrou
todos os gestores que as pessoas são, na verdade, remontagens de seus
estilhaços. “Elas foram quebradas no decorrer da vida, após derrotas
sofridas e amigos e familiares perdidos.” No fim, cabe ao RH gerir esses
pedaços humanos que se esforçam para ser a melhor versão de si.
Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-voce-rh/edicoes/38/noticias/as-pessoas-a-gestao-e-o-futuro
Às vezes, o sucesso está na atitude do empreendedor e sua equipe
O que mais tenho escutado ultimamente
são discursos enfáticos sobre o quanto o momento político e econômico
que o Brasil está enfrentando torna difícil a vida de todos nós. Não vou
gastar tinta e ocupar esse espaço escrevendo sobre coisas que já
estamos exaustos de escutar, de ler, de falar. A pergunta útil é: ok, o
negócio está feio, mas tem solução? Como ter sucesso em tempos bicudos?
Na minha modesta visão, só existe um
caminho a seguir: é preciso ser mais competente do que os demais
competidores. Com raras exceções, as empresas e suas marcas não possuem
uma participação de mercado dominante a tal ponto de já não terem como
crescer, a não ser que o mercado continue crescendo. Via de regra, a
participação está por volta de 5% a 10% (em casos fora da curva, pode
chegar a 30%, quem sabe 40%).
Isso significa que, mesmo em períodos de
recessão, ainda existe muito espaço para agregar novos clientes, novas
vendas. Essa é uma verdade que se expande quando consideramos que
concorrentes hoje não são apenas as outras marcas que oferecem os mesmos produtos e serviços, e sim tudo e todos que disputam o bolso das pessoas.
Quando uma empresa se deixa contaminar
pelos fatos negativos, pelas notícias ruins, vai gradativamente perdendo
seu ânimo, e aí a coisa fica mesmo complicada. Ânimo é uma condição do
espírito, da alma; excesso de determinação diante de uma situação
adversa é a ação de manifestar sua própria vontade, seu intento. Uma
empresa sem ânimo é uma empresa que perdeu sua força, sua coragem. Uma
equipe sem ânimo torna-se triste, medrosa, perde a crença em si e na
empresa, perde a fé naquilo que faz.
Se existe uma situação que leva ao
desastre, é quando uma empresa se encolhe por falta de crença na sua
capacidade e no seu negócio.
Ao nos vermos diante de um momento de
dificuldade, não devemos ignorar seus efeitos. Na verdade, é lúcido e
necessário avaliar o ambiente, identificar riscos e fragilidades, mas
apenas para poder desenhar um plano com o intuito de aumentar a
capacidade competitiva da empresa. De um lado, aliviar o orçamento de
tudo aquilo que representa peso morto, aquelas práticas e custos que
pouco ou nada agregam; de outro lado, investir mais agressivamente no
que está diretamente relacionado a conquistar mercado, adicionar novos
clientes, expandir possibilidades.
O nome do jogo é foco total,
a estratégia é reunir recursos e energia para ter mais apetite e
vontade do que o concorrente. Não deixar que a equipe se intimide, se
apequene, perca a gana de ocupar mais território. Ainda não conheci
nenhuma empresa bem-sucedida cujo lema seja: “Cuidado, a coisa está
preta!”. De minha parte, prefiro a divisa do Bope:
“Vá e vença!”
Leia mais em Endeavor @ https://endeavor.org.br/sucesso-tempos-dificeis/
Às vezes, o sucesso está na atitude do empreendedor e sua equipe
O que mais tenho escutado ultimamente
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que o Brasil está enfrentando torna difícil a vida de todos nós. Não vou
gastar tinta e ocupar esse espaço escrevendo sobre coisas que já
estamos exaustos de escutar, de ler, de falar. A pergunta útil é: ok, o
negócio está feio, mas tem solução? Como ter sucesso em tempos bicudos?
Na minha modesta visão, só existe um
caminho a seguir: é preciso ser mais competente do que os demais
competidores. Com raras exceções, as empresas e suas marcas não possuem
uma participação de mercado dominante a tal ponto de já não terem como
crescer, a não ser que o mercado continue crescendo. Via de regra, a
participação está por volta de 5% a 10% (em casos fora da curva, pode
chegar a 30%, quem sabe 40%).
Isso significa que, mesmo em períodos de
recessão, ainda existe muito espaço para agregar novos clientes, novas
vendas. Essa é uma verdade que se expande quando consideramos que
concorrentes hoje não são apenas as outras marcas que oferecem os mesmos produtos e serviços, e sim tudo e todos que disputam o bolso das pessoas.
Quando uma empresa se deixa contaminar
pelos fatos negativos, pelas notícias ruins, vai gradativamente perdendo
seu ânimo, e aí a coisa fica mesmo complicada. Ânimo é uma condição do
espírito, da alma; excesso de determinação diante de uma situação
adversa é a ação de manifestar sua própria vontade, seu intento. Uma
empresa sem ânimo é uma empresa que perdeu sua força, sua coragem. Uma
equipe sem ânimo torna-se triste, medrosa, perde a crença em si e na
empresa, perde a fé naquilo que faz.
Se existe uma situação que leva ao
desastre, é quando uma empresa se encolhe por falta de crença na sua
capacidade e no seu negócio.
Ao nos vermos diante de um momento de
dificuldade, não devemos ignorar seus efeitos. Na verdade, é lúcido e
necessário avaliar o ambiente, identificar riscos e fragilidades, mas
apenas para poder desenhar um plano com o intuito de aumentar a
capacidade competitiva da empresa. De um lado, aliviar o orçamento de
tudo aquilo que representa peso morto, aquelas práticas e custos que
pouco ou nada agregam; de outro lado, investir mais agressivamente no
que está diretamente relacionado a conquistar mercado, adicionar novos
clientes, expandir possibilidades.
O nome do jogo é foco total,
a estratégia é reunir recursos e energia para ter mais apetite e
vontade do que o concorrente. Não deixar que a equipe se intimide, se
apequene, perca a gana de ocupar mais território. Ainda não conheci
nenhuma empresa bem-sucedida cujo lema seja: “Cuidado, a coisa está
preta!”. De minha parte, prefiro a divisa do Bope:
“Vá e vença!”
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